26 de jan. de 2010 Espírito ataca mulher em elevador

Esse video já circula na internet a um tempo. Fica aqui para o arquivo de videos fantasmas.
Nele uma mulher entra no elevador normalmente quando ela aparentemente é atacada.... pelo que ?
vejam o video...

 

 

19 de jan. de 2010 Fantasma em Riacho - Paraguai (Celular)

As imagens que você verá a seguir fora gravadas por alunas da localidade de Yatytay, Itapúa - Paraguai. Elas participavam de uma reza para um jovem que havia se suicidado quando uma delas decidiu filmar um riacho localizado na propriedade da família do finado e se deparou com uma terrível surpresa: a silhueta de uma pessoa que não se vê a olho nu, mas somente na tela do celular.
Este fato ocorreu no dia 12 de agosto na propriedade da família Rojas, onde se realizava uma reza para o jovem Vicente Rojas, de 27 anos, que havia se suicidado três dias antes.
As meninas participavam da reza quando decidiram ir até um riacho que passa atrás da propriedade da família Rojas para gravar umas imagens e mostrar para os amigos que o local era uma boa opção para passar as férias de verão.
A garota que realizava a gravação, conhecida como Nani, vê a silhueta de um homem que aparece caminhando na tela de seu celular, mas suas amigas não vêem a olho nu. Ela insiste com suas amigas que tem uma pessoa no local e mostra a tela do celular, provocando um susto nas jovens que se retiram do local aos gritos.
O correspondente do jornal paraguaio "Ultima Hora en Encarnación", Raúl Cortese explicou que o fato veio a público somente nos últimos dias porque a família das garotas não queria expor as menores.

Jovem contaminada pelo cadáver


02:45 - Uma tal jovem, de identidade e idade desconhecidas, estaria internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base (HB) de Rio Preto e estaria correndo o risco de perder os lábios e o queixo devido a uma bactéria que só existe em cadáveres. Dizem que médicos não descartam a possibilidade de a garota morrer em decorrência do problema. A menina teria ido parar no HB depois de beijar um rapaz durante uma micareta que aconteceu em abril deste ano em Rio Preto. O rapaz, que teria vindo de São Paulo, matou a ex-namorada e manteve o corpo da garota em casa. Durante esse período, ele manteve relações sexuais com a morta e pegou a bactéria, que contaminou a garota que está internada no HB.Esta é apenas mais uma história que surge não se sabe de onde, espalha-se pela cidade e acaba virando mais uma das incontáveis lendas urbanas, que todo mundo conhece mas ninguém viu. São histórias passadas de uma pessoa para outra que geralmente possuem elementos de alerta, terror ou humor. A história da menina infectada pela bactéria já foi contada nos Estados de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande so Sul e até mesmo em Brasília (DF). Ninguém viu ou sabe quem é a garota. Ela é sempre amiga de um conhecido. Outro fato que faz a veracidade da história desaparecer é o HB não ter nenhum paciente internado nos últimos meses com as características da suposta menina contaminada. “Não existe qualquer investigação na Polícia Civil de Rio Preto sobre este fato. Nenhum boletim de ocorrência foi registrado e ninguém foi preso por ter matado a namorada e ocultado o corpo”, afirma o delegado Seccional de Rio Preto, Jozeli Donizete Curti. “Isso é imaginação do povo.”
Apesar disso, a narrativa ganhou corpo. Em qualquer lugar de Rio Preto - faculdades, escolas, bares, lojas, na Prefeitura e até mesmo no Fórum - é possível ouvir a história, que ganha novos detalhes a cada dia. “A menina é estagiária da Prefeitura, um professor da faculdade disse que é verdade. Uma amiga da minha mãe conhece a mãe da menina, que está entre a vida e a morte. Os médicos demoraram para descobrir de onde vem a bactéria”, diz Carolina, 20 anos, estudante de publicidade. Funcionários do Fórum chegaram a procurar nos cartórios criminais algum inquérito ou processo que relatasse a história. “Falaram que é verdade. O inquérito chegou no cartório com pedido de prazo e voltou para a polícia concluir a investigação. Estão abafando o caso porque a menina é filha de um médico importante da cidade”, disse um funcionário do Judiciário, que passou o “furo de reportagem” sob a condição de anonimato.No Orkut, site de relacionamento, a história é tema de grupos de discussão. Enquanto alguns adolescentes afirmam ser verdadeira a história, outros riem da inocência daqueles que adotaram a lenda urbana como real e repassam a história com novos detalhes: o corpo da namorada morta ficou dentro de um freezer; o rapaz colocou o cadáver dentro de uma banheira com formol; a polícia achou o corpo por causa do mau cheiro, mas o garoto fugiu. “Foi feito um boletim de ocorrência. Os policiais foram entregar a intimação (ao rapaz) e descobriram que ele mantinha relação sexual com a ex-namorada morta e que estava guardada dentro de um frezeer. Ele comeu metade do corpo dela (como se fosse comida), agora recebemos informações que a menina estava em coma, já estava toda comida por dentro e que ela já faleceu. Isso é verdade sim, que isso sirva de exemplo e para não ficar beijando qualque um”, narra um dos integrantes do grupo de discussões sobre o assunto no Orkut.

Lendas ganham fama

Forte carga de suspense e elementos sobrenaturais são itens que não podem faltar em uma lenda, seja ela urbana ou não. De acordo com a escritora Heloisa Prieto, autora de livros sobre lendas e pesquisadora do processo de criação literária, a narrativa mágica seria uma forma de falar das emoções ancestrais, os temores universais, como da morte, por exemplo. “Histórias assim são uma maneira de nos lembrar que a vida é finita. Diante do tempo cronológico, da fragilidade do corpo humano, do acaso, todos somos iguais, portanto, trata-se de lembretes bem democráticos”, afirma a escritora.Uma das mais tradicionais lendas urbanas é a da “loira do banheiro”, fortemente difundida entre alunos da rede pública de ensino há muitos anos. Diz a história que uma garota muito bonita de cabelos loiros com aproximadamente 15 anos, sempre planejava maneiras de “matar” aula. Uma delas era ficar no banheiro da escola esperando o tempo passar. Um dia, um terrível acidente aconteceu. A loira escorregou no piso molhado do banheiro e bateu a cabeça no chão. Ficou em coma e pouco tempo depois morreu. A menina não se conformou com seu fim trágico e passou a assombrar os banheiros das escolas. Muitos alunos juram ter visto a famosa loira do banheiro, pálida e com algodão no nariz para evitar que o sangue escorra. “A história da loira do banheiro é verdade. Fui com meus amigos no banheiro da escola, demos descarga algumas vezes, falamos palavrões e ela apareceu no espelho. Eu vi! A menina é loira mesmo”, afirma o estudante Antonio Saturnino Junior, 16 anos.Heloisa afirma que é fácil reconhecer uma lenda urbana, pois há elementos essenciais que fazem parte de todas elas. “São narrativas apócrifas, que tangenciam o sobrenatural como as lendas antigas, situando a trama em contexto real e contemporâneo. Elementos como hospitais, remédios, táxis e aviões fazem parte dessa nova combinatória dos antigos causos”, diz a escritora. Em Rio Preto, outras lendas povoaram o imaginário das pessoas e de tanto serem repetidas se tornaram verdades para aqueles que as contavam. Uma delas é a história de uma criança que teria sido picada por uma cobra dentro da piscina de bolinha de uma lanchonete. Assim como a história da garota infectada pela bactéria do cadáver, ninguém nunca soube o nome da criança. A história correu o País e, em algumas cidades, o acidente aconteceu em outros restaurantes. Durante a construção de um hipermercado, em Rio Preto, surgiu a história de que uma caveira foi filmada pelas câmeras de segurança do local empurrando um carrinho de compras. A história foi contata em todos os bairros da cidade, mas as imagens nunca existiram. Noiva do CubatãoHistória sinistra também é contada pelos lados de Ibirá e Urupês. Dizem que ali, próximo à divisa dos municípios, num trecho bucólico cortado pelo córrego Cubatão, uma noiva trajada a rigor sai em noite de lua cheia para assombrar motoristas. Seu alvo são homens que, de alguma forma, fazem lembrá-la do noivo que a teria abandonado no altar. A versão de que ela teria sido abandonada no altar não é única. Alguns dizem que a mulher teria se afogado nas águas do córrego durante a festa de casamento, às margens do Cubatão. O motivo, não se sabe. Fato é que, vez ou outra, o carro de algum motorista seria ‘visitado’ por ela enquanto trafega por aquelas bandas.

12 de jan. de 2010 A Ilha das Bonecas Mortas !

Elas têm um olhar frio e assustador, como se estivessem a avisar os visitantes ...

Na Isla de La Munecas ( Ilha das Bonecas ), México, estão mais de 1000 bonecas espalhadas pela ilha .

Foram espalhadas pelos residentes para assustar os visitantes e fazer com que estes saiam da ilha !!


São tão assustadoras , que parecem estarem mortas





E porquê ?

Em 1951, uma menina afogou-se num canal de água da região e os habitantes dizem que o espirito dela nunca teve descanso, espirito esse que apoquenta o florista Julián Santana Barrera que mora perto do canalonde a menina morreu !

Ele descobriu uma maneira de o Espirito o deixar em Paz ...

Bonecas velhas ( perdidas ou deixadas pelos visitantes da ilha) parece que fazem o Espirito afastar-se !! As primeiras bonecas foi ele próprioque as pendurou numas árvores ,mas depois outros habitantes e visitantes ficaram curiosos e acabaram por lhe levar mais bonecas ,na esperança de o ajudarem a viver descansado !






Pregavam-nas, penduravam-nas , ... havia bonecas espalhadas por todo o lado !




 


No entanto ,um final feliz não foi o que teve o florista Julián Santana Barrera, pois em 2001 ,50 anos após a menina se ter afogado, ele morreu ... tambem afogado no mesmo sitio que ela !


Dead Dolls


11 de jan. de 2010 Histórias de Terror em Fatos Reais

O artista Joshua Hoffine consegue demonstrar de uma forma bem realista cenas que remetem as famosas histórias clássicas de terror.
Segundo o autor, as pessoas usadas nas fotos são todas parte de sua familia.

VERDADES SOBRE JACK, O ESTRIPADOR


"Londres, final do século XIX, noite fria e com as típicas névoas locais. Uma mulher, prostituta, anda despreocupadamente nas ruas sujas de Whitechapel. Alguém a segue... alguém a espera... pouco depois, esse alguém aborda a prostituta e a estripa cruelmente, chegando a degolá-la! O corpo é encontrado. Policiais levantam pistas, hipóteses, caçadas humanas... mas não conseguem encontrar Jack, o Estripador! E jamais conseguiram!"

Jack, o Estripador ainda hoje é um caso fascinante e insolúvel. O assassino de prostitutas que atuou na Inglaterra no final do século XIX na região de cortiços de Whitechapel, bairro pobre de Londres, entre 1888 e 1898, nunca foi descoberto.
Não existe um roteiro 100% confiável dos homícidios praticados por Jack contra prostitutas, já que era comum no ambiente marginalizado em que elas trabalhavam a ocorrência de vários crimes, inclusive assassinatos: muitas prostitutas foram assassinadas e os crimes eram atribuídos a Jack. Mas vários assassinatos ocorridos entre agosto e novembro de 1888 são considerados como obras do próprio Jack, o Estripador: Martha Turner, de 35 anos; Polly Nichols, de 42; Annie Chapman, de 47, todas elas prostitutas. O bar Ten Tells era um dos pontos de prostituição da região e o lugar onde Mary Jane Kelly, a última vítima, bebeu seu último drink. Os corpos eram encontrados em estado deplorável por causa das mutilações. 




Sem conseguir encontrar o assassino, a polícia inglesa prendeu vários suspeitos enquanto a imprensa recebia cartas anônimas assumindo os crimes de Jack, o Estripador. Eis uma parte de uma destas cartas:

"Caro chefe: não cesso de ouvir que a polícia me apanhou, enquanto continuo solto. (...) Escolhi as prostitutas e continuarei estripando até ser trancafiado. (...) Logo ouvirão falar novamente de mim. (...) Ass. Jack, o estripador."

Outras mulheres foram assassinadas nas cercanias de Whitechapel, sem que os policiais pudessem fazer qualquer coisa para impedir ou sequer identificar o assassino, o que deixou o bairro em pânico.
Muitas teorias surgiram para explicar esses crimes, chegando a existir mais de 200 livros procurando solucionar o mistério. Apenas em 1929 é que surgiu a primeira teoria séria sobre o caso: Leonard Matters suspeitava de que o criminoso fosse um médico inglês que matava e degolava mulheres por desejo de vingança, pois seu único filho tinha morrido de sífilis contraída numa relação com prostitutas de Whitechapel. Um médico da família real, sir William Gull, também ficou como suspeito dos crimes ao obedecer às ordens do primeiro-ministro para que assassinasse estas prostitutas (as mulheres estavam chantegeando os membros da realeza por saberem de um relacionamento ilícito de um parente da rainha Vitória como uma plebéia). Uma parteira também foi colocada no rol de suspeitos: sendo ameaçada pela polícia para parar o seu trabalho, ela mataria suas mais freqüentes freguesas. Outras teorias já dizem que Jack não existiu: as prostitutas assassinadas já eram decadentes, com exceção da bela e nova Mary Jane Kelley, e teriam sido alvo de policiais revoltados com o aumento da prostituição em Londres - havia mais de 1.800 prostitutas na época. Até no criador de Sherlock Holmes, Arthur Conan Doyle, recaíram suspeitas: ele estaria montando um quebra-cabeça para a polícia da mesma forma que fazia em seus textos do famoso detetive.
A teoria mais polêmica (e, talvez, a mais acreditada) recaí sobre um membro da família real, o duque de Clarence (Albert Victor Christian Edward), neto da rainha Vitória e herdeiro do trono britânico, que seria sifilítico e homossexual, e famoso pela vida mundana que levava nos bordéis londrinos. Para justificar suas habilidades em dilacerar suas vítimas, argumentou-se que ele teria treinado para tal nas fazendas reais na Escócia. Por ser alguém tão importante a polícia, estrategicamente, silenciou-se. A morte pouco esclarecida do duque, provavelmente em decorrência dos problemas oriundos da sífilis, exatamente pouco tempo depois do fim dos crimes em Whitechapel, parece confirmar tais suspeitas. Recentemente a culpa foi dada a um artista alemão, sendo que a pesquisadora utilizou-se de técnicas novas para comprovar suas teorias - inclusive exame de DNA em vestígios guardados ainda da época
Mas são suspeitas apenas - ainda hoje existe o mistério de quem seria Jack, o Estripador. 



Serial Killer # Pedro Alonso Lopez (300+)



O mais mortal serial killer dos arquivos, conhecido como Monstro dos Andes, agiu em 3 países. Nasceu na Colômbia, mãe prostituta que o expulsou de casa aos 8 anos de idade por ele ter acariciado sua irmã mais nova. Para piorar as coisas, foi recolhido por um pedófilo e sodomizado à força. Aos 18 anos, foi espancado na prisão por uma gangue e se vingou matando 3 de seus algozes.

Ao ser solto, começou matando meninas com júbilo e impunidade. Em 1978, já havia assassinado mais de 100 meninas no Peru. Mudou-se para Colômbia e Equador, onde matava em média de 3 vezes por semana. Ele gostava mais de matar meninas equatorianas, pois segundo ele, eram mais gentis e confiáveis, mais inocentes. A polícia atribuiu o grande número de desaparecimentos de meninas às atividades de escravização e prostituição na área.

Em 1980, um dilúvio de sangue revelou a primeira de suas vítimas. Quando foi preso, contou aos investigadores as assustadoras histórias de sua trilha de morte. No início, as autoridades estavam cépticas sobre o relatado, mas todas as dúvidas desapareceram quando ele mostrou o local onde estavam enterradas mais de 50 corpos. Acredita-se que 300 assassinatos ainda seja uma baixa estimativa para este serial killer.

7 de jan. de 2010 A CASA DOS HORRORES

A casa estava abandonada havia alguns meses. A grama do jardim ia alta, e resvalaria nas canelas de quem ousasse caminhar sobre ela. Ninguém o fazia. Toda a casa estava imunda. As paredes de um dos quartos ainda apresentavam marcas de sangue. Havia as folhas das árvores que caíam e entravam pelas janelas abertas. Ratos e baratas já dominavam o lugar, talvez atraídos pelo odor de carniça que empesteava o ambiente. Devia ser algum bicho morto... Por fora o reboco caía e deixava mais feio ainda aquilo que um dia foi lar de alguém. Não era um lugar agradável...
            A essência do que havia acontecido ali estava impregnada em tudo. As pessoas evitavam olhar para o local, sobretudo à noite. As mães que porventura passassem ali com seus filhos atravessavam a rua para o lado oposto. Não era para menos. Era a casa de Jonas Barboza, um homem de uns trinta anos. Era sozinho, não tinha família, nem filhos. Não era uma pessoa bonita. Seus dentes eram bastante tortos, as sobrancelhas grossas e suas orelhas eram de um tamanho desproporcional ao de sua cabeça. Seus olhos eram tristonhos... Não era muito sociável, mas adorava crianças. Não era incomum vê-lo dando balas para os pequeninos que por ali passavam.
     Não se sabia com o que trabalhava, mas saía lá pelas dez da manhã e só voltava às quatro da tarde, como muitos trabalhadores dessa mesma rua. Ela, a Rua das Margaridas, era a mais tranqüila, daquele povoado de casas distantes umas das outras. Mas as coisas começaram a mudar por ali. Crianças sumiram misteriosamente e isso logo se tornou assunto de telejornal. Eram muitos desaparecimentos. Cartazes foram colocados nos postes, e alguns ofereciam até recompensas. Mas nada feito. Não tinham pista alguma... Foi então que alguns corpos foram sendo encontrados na mata do lugarejo, à beira de riachos. Não tinham os olhos, e suas barrigas estavam cortadas de cima a baixo. Falavam em rituais de magia negra. Cada vez mais corpos eram encontrados e com marcas mais estranhas ainda.
     Certo dia Jonas voltou para casa mais tarde do que de costume, umas seis horas da tarde. Uma multidão o esperava do lado de fora. Traziam pedaços de madeira nas mãos e gritavam: Monstro! Assassino! Pouco antes, alguns haviam entrado em sua casa e descoberto os corpos de mãe e filha, desfigurados, em um de seus quartos. O povo estava ensandecido. Queriam apenas se vingar do monstro que matava crianças indefesas. Alguns diziam que eram anjos...
     Tentou fugir, mas não deixaram. Seguraram-no e amarraram suas mãos e pés, levando-o para o interior da casa. Jurava inocência o tempo todo. Foi uma das poucas vezes em que se ouviu a voz de Jonas. Deitaram o homem ao chão e amarraram um saco de pano em sua cabeça, com um nó bem dado em sua garganta, feito com uma corda de sisal. Ele se debatia, implorava clemência, mas o povo não o ouviu. Ele tinha que pagar pelos seus atos e ia pagar ali. Cada um com sua verga aplicou-lhe um golpe, primeiramente em seus braços e pernas, e depois de muito ouvir seus gemidos, bateram fortemente na cabeça, e o pano que a cobria logo foi ficando manchado de sangue. Seus gritos cessaram, mas foi bem depois que pararam de bater. A polícia chegou ao local, mas era tarde. A multidão enfurecida havia matado Jonas Barboza.
     E era disso que Samuel Lourenço lembrava ao observar a casa, pelo outro lado da rua. O dia em que sua esposa e filha foram cruelmente assassinadas, como animais para abate. Uma garrafa de cachaça era pouco para esquecer disso. Todos os dias ele recordava. A criança vinha lançar os braços em volta de seu pescoço, chamando seu nome. A mulher preparava a comida na cozinha e depois vinha lhe recepcionar, com um carinho que ele não se lembrava se já conhecia. Mas foi tão rápido! Passaram em sua vida como um cometa, deixando um lindo rastro de luz, mas se foram... E tudo por conta de Jonas, o monstro.
     As lágrimas minavam de seus olhos. Por mais que tentasse esquecer, não conseguia. Não havia participado do linchamento e a vontade de fazer justiça ainda pulsava em suas veias. Saiu dali e foi até em casa buscar um machado. Com ele ia destruir toda lembrança do que houve ali. Não restaria pedra sobre pedra.
     Caminhou passos precisos e decididos na direção da casa do monstro. Ninguém o viu, já passava das dez, e gente de bem a essa hora já tinha se recolhido. A grama beijava-lhe as pernas de uma forma quase libidinosa. A marca de seus pés e do machado que ele arrastava deixou um rastro estranho no mato. Parou ofegante em frente à porta da casa, que estava fechada. As lágrimas vertiam como no mesmo dia do acontecido e ele limpava-as com o braço.
     - Desgraçado! - gritou ele levantando o machado, e dando um violento golpe na porta. Deu um segundo golpe e a porta abriu no meio. Estava escuro, mas a lua cheia clareava muito bem a casa. Samuel sentia o vento frio e forte doer em seus ossos.
     Caminhou sobre alguns cacos de vidro das janelas que haviam sido quebradas. Alguns atiravam pedras na casa durante o dia, como forma de protesto. O cheiro de podre, provavelmente de algum animal morto que ali estava, impregnou-lhe as narinas. Sentiu necessidade de cuspir, como reação pela fedentina.
     - Seu merda! - disse ele dando uma machadada na parede. - Foi muito homem para fazer o que fez e onde está você agora? Não deve estar em um lugar muito bom, não é mesmo? Pois agora eu vou destruir tudo isso aqui e será como se nunca tivesse existido! Você e essa casa nojenta... Se quiser, venha aqui e me impeça! - disse ele dando outro golpe, dessa vez em uma das janelas, que já estavam quase que completamente quebradas.
     Levantou o machado outra vez, mas levou uma forte pancada nas costas, derrubando-o ao chão. A ferramenta caiu também e escorregou pelo solo indo parar em um canto da sala. Levantou-se com esforço, gemendo de dor e olhou para trás. Ali estava um homem, com uma camisa e calça sociais, igualmente surradas e manchadas de sangue. Volveu os olhos na direção do rosto do homem. Estava coberto de um saco de pano, manchado de sangue, numa cor parecida com borra de café. Estava rasgado em algumas partes e deixava à mostra alguns vermes que devoravam a face do monstro.
     - Não! - gritou Samuel arrastando-se ao chão. Afastou-se um pouco, mas levou outro golpe. Escorou-se na parede e olhou na direção do machado, ele não estava mais lá. Correu na direção da saída, mas a criatura apareceu em frente à porta com o machado nas mãos. Vinha caminhando lentamente em sua direção, como um zumbi.
     - Vá de retro! - disse Samuel, sem eficácia. Correu para outro cômodo, mas o homem, mesmo caminhando a passos curtos alcançou-o. Deu-lhe um golpe de machado em uma das pernas, não lhe arrancando o membro, mas deixando este esfacelado, e seu sangue esguichava como uma bica d’água. O homem gritava e gemia, mas a criatura não se importava. Na verdade, parecia não ter nenhuma espécie de sentimento. Apenas instintos sanguinários. O sangue e os gritos de Samuel pareciam entorpecer-lhe. Tinha sede e ia saciar-se com a presa que havia caído em sua teia.
     - Não! Pare com isso! - disse ele se arrastando, mas Jonas o puxou pela outra perna. Samuel ficou olhando-o por alguns instantes calado e ofegante. - Por favor! Não... - suplicou-lhe. A criatura parecia não lhe ouvir e com uma força descomunal deu mais três golpes no homem, abrindo o peito e a cabeça ao meio, como em uma carcaça de qualquer animal.
     O sangue ainda quente escorria criando uma enorme poça que a criatura espalhava com suas pegadas pesadas, enquanto caminhava arrastando o machado, na direção da escuridão.
     Samuel não mais gritava, como os outros que foram encontrados nesta casa e na beira dos riachos. Se estivesse vivo teria aprendido uma lição. Não se deve brincar com os mortos...

O ESPELHO DE CLARA NASHVILLE

Campainha, susto, porta aberta, foco no chão, pacote vermelho com ares natalinos...
Esta seqüência desorientou de vez a estranha e ilusória vida de Clara Nashville. Sim, a maior, mais bela, mais talentosa, fútil e mais idolatrada das atrizes contemporâneas. Quando conversava consigo própria ela se apelidava de Nash, mas era seu apelido secreto. Pessoa alguma sabia dele, nem os mais íntimos... Nem os verdadeiros amigos.
Quando viu a caixa minuciosamente embrulhada refletindo a luz natural daquele dia de verão largada em sua porta, deixou escapar um sussurro típico de quem costuma conversar com o espelho:
- Nash, alguém lembrou de você neste natal!
Ainda com o peito pulsando numa batida além do normal, tratou de abrir aquele embrulho sem a menor preocupação em preservar o papel. A caixa não era pequena e a tampa não estava bem colocada... Bastou um toque de sua mão e a caixa se abriu, sem esforço e sem revelar algo de bom... Foi difícil de acreditar, quase impossível de absorver a informação, precisou puxar o dedo indicador com muita força para crer que estava acordada.
Se com o toque da campainha sua pulsação gerou aquele desagradável aperto no peito, agora este incômodo havia tomado proporções insuportáveis...
O conteúdo do belo embrulho não era uma bugiganga natalina qualquer, nem algum cacareco comprado no mundo eletrônico virtual, muito menos um mimo enviado por um querido fã ou parente distante.
Clara Nashville estava lá, estática, olhando para sua própria cabeça embalsamada, cortada com requintes de crueldade, muito mal colocada no interior da caixa!!! Pensou ser uma brincadeira de mau gosto, mas não era. Não poderia ser.
- Nash, como alguém recebe a própria cabeça dentro de uma caixa no Natal?
Falou exatamente desta forma, para si própria, com pouca força e com mínimos movimentos nos lábios, caminhando em direção à geladeira para beber uns goles de vodka gelada.
Foi recapitulando sua rotina nos dois últimos dias e percebeu que todos os vizinhos não a cumprimentavam mais... Percebeu que nenhum fã a reconhecia na loja de conveniência nem no shopping... Lembrou que, ao fazer compras, errou o código do cartão de débito... Nada disto fazia sentido...
Não. Com certeza não estava morta, podia sentir o batimento do coração aumentando insistentemente. Só a vodka poderia ser a salvação.
- Cabeça... Caixa... Eu... Eu?
Abriu a geladeira e a incógnita (se houvesse uma escala seria a mais absurda delas) começou a competir com a razão. Dentro dos potes de picles estavam seus lindos olhos verdes, os mesmos que faziam a multidão sofrer de paixão nos cinemas. Dentro do congelador brilhava uma das mãos ainda exibindo o anel de esmeraldas... A outra estava retalhada e distribuída pelos pratos congelados para o natal e num cúmulo desnecessário, alguns dedos caíram no chão sem que ela dessa conta. Mas para ela, o pior de tudo foi a garrafa de vodka...
- Completamente vazia? Faz dias que não bebo!Como vazia? Natal sem vodka gelada é impossível de ser bom. Vou vestir a mesma roupa com que apareço naquele comercial de desodorante e, se der sorte, chego à loja para as compras antes que seja tarde. Compro qualquer uma bebida que estiver na prateleira, dou uns autógrafos e tal... Preciso de uns goles...Cabeça...na caixa.Como pode? Será que o pessoal do teatro vem para a ceia?
Já nas ruas, certa de ser reconhecida, frustrou-se ao perceber que um Papai Noel tosco, na porta da loja de importados chineses, fazia mais sucesso do que ela. Inconformada, Clara esbarrou violentamente no velho de barbas brancas e entrou na casa de inutilidades... Todos olharam para a roupa dela com espanto. Para a roupa, mas não para ela... Começaram a rir, como se houvesse uma caricatura ali, todos perceberam que alguém estava desequilibrada.
Este alguém sussurrou como sempre...
- Nash, o que eles pensam que são... Sou Clara Nashville! E eles, quem são?
Neste momento olhou para uns espelhos mal emoldurados com a etiqueta azul revelando o preço de R$6,66 a embalagem com duas unidades. No reflexo, um presente torturante invadiu mais uma vez sua mente.
-Espera lá! Aquele no espelho não é meu rosto! Não são meus olhos, não é minha boca... Esta roupa não é minha, estes movimentos não são meus...Meu Deus!!! Não sou eu no espelho!!! Não sou Clara Nashville, sou... Sou... Sou a empregada dela! Sou a empregada....
Clara Nashville havia faltado três dias seguidos no ensaio da peça que estrearia no próximo ano. Barbaramente assassinada pela sua empregada e confidente, teve sua cabeça enviada por intermédio de um mensageiro para sua própria casa no dia de Natal. Georgina, a empregada assassina, apodrece hoje no cadeião da cidade. Sua maior diversão é, nos dias de Natal, olhar através das grades e ver o helicóptero do Papai Noel descendo na maior favela da região enquanto os miseráveis apontam para o ar.
- Nash, será que alguém vai lembrar de você neste natal?

VISÃO


Do alto desta colina olho para as infinitas profundezas deste abismo etéreo e cipreste, este sepulcro carregado de demência a que chamamos de lar. O éden invertido, o verdadeiro jardim do mal, cujos desígnios negros vão para além do que pode ser concebido ou sequer imaginado. Aqui não se respira ar. Quem o tenta fazer tomba imediatamente, fulminado pelo mal omnipresente que nos invade os pulmões. Neste local de perdição somente se respira corrupção. É esse o elemento primordial que nos dá vida, que nos compassa a existência como os ponteiros de um relógio que apenas divagam pelas horas da noite. E nós envolvemos essa existência. Deixamos que ela penetre dentro de nós e que corra nas nossas veias. Não procuro explicações. Sei apenas que pertenço a este local repleto de malevolência. E isso é tão natural como a visão estarrecedora que tenho do topo desta colina.
O céu é completamente negro. Não surge um único astro, um sinal tímido nas garras do breu que nos indique que existe algo para além da escuridão que esta cortina devassa aglutina. Temos somente a solitude de algo que nos devora a alma de um modo terno. Sabemos que somos corroídos por dentro, mas a visão do nosso céu é demasiado poderosa. Ao invés de lutarmos contra isso, aprendemos a devorar também. Ouvi já falar de estrelas. Espasmos brilhantes e estáticos no tapete negro do firmamento. Uma presença de esperança que combate o desespero desse ermo. Contudo, olho depois para baixo e percebo como seria redundante oferecer esperança a algo que se alimenta de ódio.
Assim, desprovido de qualquer raio de luz que ouse penetrar através do céu negro, o nosso domínio é pautado por diversos sulcos gigantescos, onde correm os nossos rios. Rios de lava efervescentes, cujo brilho e movimentos opiáceos fazem os possíveis por nos relembrar como podemos ser loucos. Borbulhantes. Quentes e densos, como se tivessem vontade própria. Cada bolha que explode é uma palpitação do coração que se encontra no fundo da lava e que vive através de nós. Elevadas junto às margens desses rios estão as parcelas físicas dos nossos espíritos. Manifestações corpóreas de uma euforia insana. Fogueiras colossais que mostram até onde a essência perversa da mente chega, mediante uma discreta lembrança dos recantos sombrios da alma. Estas fogueiras de mármore, com cerca de doze metros de diâmetro na base e seis no topo, desenham formas elípticas que se dispõem ao longo dos trilhos de terra, compostos por ossadas e salpicos de lava absorvidos pela areia. Caminhos compridos e labirínticos, culminados por várias encruzilhadas. Porém, não obstante a sua aparência traiçoeira, todos os rumos vão, eventualmente, extinguir-se nos mesmos destinos.
Ao cerrar as pálpebras, invadem-me os ouvidos sons ignóbeis mas ao mesmo tempo reconfortantes para o meu espírito. Sons com os quais nasci, cresci e sem os quais não consigo já associar a minha existência como um todo. Sons e ruídos inerentes a toda a azáfama desta grandiosa metrópole que é a nossa casa. Metais, pancadas de turbulência, madeira e vozes. Gritos de comando e gritos roucos de desespero e terror. Chamas crepitantes e labaredas no seu movimento fugaz e perpétuo. Nunca em toda a minha vida me recordo de alguma vez ter visto uma chama extinta. Não está na nossa essência. Gostamos do fogo. De estar junto dele e deixarmo-nos envolver pelo seu poder primordial e infinito. Uma única chama em movimento transmite-nos o quão poderosas podem ser as nossas almas. Uma força da natureza inexpugnável e alheia a qualquer conjectura racional.
Rodo finalmente a cabeça ligeiramente para a esquerda, em direcção a Oeste. Rapidamente sinto os meus lábios a torcerem-se de deleite. O Mar dos Desígnios. O núcleo apocalíptico que para sempre modificaria a noção estruturante da nossa realidade cognitiva. Foi ali que tudo começou. Nas águas densas e estagnadas, tão escuras que não existe horizonte. O início do céu e o fim do mar tocam-se, gerando apenas o nada. Do negro nasce o negro, nada mais. Tão abruptamente como um sufoco retido na garganta, tão ligeiro como um arrepio que percorre a espinha. Eles simplesmente surgiram. Um a um, debatendo-se lentamente na tona das nossas águas negras, como se tentassem ainda combater o destino que se debruçava sobre as suas figuras. Vi de relance as suas faces lívidas que queriam gritar. Porém, o lodo primordial das nossas águas impedia-os de o fazer, lançando-se tenebrosamente sobre as suas bocas e penetrando docilmente nos pulmões. Em pouco tempo, não sabíamos já se esse momento fugaz teria sido ilusório, ou se no fundo do mar residiam de facto os corpos daqueles seres de olhar mortiço.
Após alguns dias veio a resposta. Soube-o mal vimos alguns cadáveres estranhos nas margens empoeiradas do Mar dos Desígnios. Formas disformes e sem vida descansavam tranquilamente, cobertas pelos resquícios graníticos das cinzas que flutuavam como neve. O mais hediondo destas criaturas residia nas suas faces. O modo de como aqueles olhos protuberantes mergulhavam na nossa própria carne, o modo de como nos observavam já depois de mortos. Decidimos arrancá-los e lançá-los para as chamas fluviais dos nossos rios de fogo. Não tornariam a olhar para nós, nunca mais. Pegámos depois nos corpos e prendemos o que restava das carcaças no mármore das construções elípticas em que residiam as fogueiras. Era necessário demonstrar, provar a nós mesmos que não receávamos estes visitantes. E era essa a mais pura verdade. Não existia receio. Somente uma certa curiosidade mórbida, que segredava algo junto dos nossos ouvidos: de onde teriam estas estranhas criaturas surgido?
Como resposta à nossa interrogação, na noite seguinte eles vieram aos milhares. Tanto do Mar negro, como das colinas que ficam a Este e a Sul. Eram tantos que as sombras deixaram de ter qualquer recorte, tornando-se somente numa enorme mancha insípida e calejada de alucinações. As formas dos corpos, não obstante de serem humanóides à nossa semelhança, eram totalmente desproporcionadas, deformadas. Os braços eram demasiado curtos e descarnados. O abdómen e as costas pareciam igualmente enfraquecidas, como se não fossem capazes de suportar o mais leve peso. Preparámo-nos para o embate o mais depressa que pudemos. Não obstante de parecerem criaturas relativamente inofensivas, vinham num número assustador e aproximavam-se de frentes distintas. O som que faziam era a fonte de maior desconforto para nós. Gritos roucos e enlouquecidos enchiam agora os vales e as margens do mar, em direcção ao coração da nossa metrópole. Contudo, no momento em que a situação se tornava inquietante, um rasgo de compreensão circundou os nossos receios. Nós conhecíamos bem os gritos. Os bramidos que enchiam as nossas terras não eram impetuosos. Não continham em si qualquer indício de ameaça ou de fúria. Não. Eu conhecia bem o timbre e o descontrolo adjacente a tais vozes. Não me restaram dúvidas quando vi as expressões das primeiras criaturas que desceram até ao nosso território. Eles não nos atacavam. Pura e simplesmente vieram até nós num acesso louco de terror e demência. Os olhos – a janela da alma – mostravam pavor, não cólera ou frenesim. O mais curioso é que, apesar de todo o medo que os invadia, eles atropelavam-se para chegar até nós. Quase como se uma força sobrenatural os impelisse a descer desorbitadamente por entre os sulcos circunscritos do vale. Alguns deles chegaram mesmo a cair para os rios de lava, impelidos pelo pânico cego que os guiava.
Os primeiros a chegar foram imediatamente oprimidos pela nossa força. Os restantes, embora enlouquecidos pelo que se apoderara das suas almas, tiveram discernimento suficiente para se ajoelharem perante nós, derrotados pelo inevitável. Estávamos confusos. Com as nossas armas ainda em riste entreolhámo-nos. Não fazia sentido. Aberrações que surgiram do nada, parecendo vir com o intuito de nos atacar, mas que se prostraram perante nós assim que chegaram ao interior da metrópole. Cautelosamente, um de nós falou. Não houve resposta. As criaturas continuavam a gritar entre elas, apontando também freneticamente na nossa direcção. Decidimos levá-los para o fosso. Um local situado no subsolo, amplo em comprimento mas estrangulado em altura, construído propositadamente para que a luz não irrompesse no seu interior. Era o castigo dado aos que de nós não cumpriam as regras – algum tempo num local repleto de trevas, cuja estrutura mal permite rastejar.
Após alguns dias, decidimos tentar comunicar com eles. Tentar arrancar a informação mais relevante neste momento. Quem eram, de onde vieram e, essencialmente, porque vieram até aqui. Tirámos três criaturas ao acaso das garras negras do fosso. Tentámos comunicar, mas sem resultados. Não falavam a nossa língua. Embora fossem também capazes de articular sons, a sua voz era muito mais fina e complexa do que conhecíamos. Passámos à tortura. Queríamos também descobrir mais sobre a anatomia destas aberrações da natureza. Descobrimos que tinham muito menos resistência do que nós. Não suportavam a dor e pereciam com uma rapidez quase desmesurada. Ganhámos o hábito de as amarrar com correntes de ferro às bases das fogueiras de mármore. Sabíamos que era isso o que as mais fazia sofrer. Mais do que a escuridão elas temiam o fogo no corpo.
Contudo, estas criaturas continuavam a surgir do nada. Das colinas, por entre os vales, do Mar. E nós continuámos a aprender. Depois de um tempo interminável decifrámos finalmente os segredos do seu dialecto. Descobrimos quem são. Descobrimos de onde vieram. Descobrimos também o nome que dão ao nosso lar e à nossa espécie. Descobrimos que o elo entre os nossos mundos não é físico mas sim espiritual. As criaturas disseram-nos que estão já mortas e que este é o seu tormento. Ouvi também uma delas a berrar em plenos pulmões, pregada a uma das fogueiras:
«Demónios do Inferno! Um dia Deus perdoará todos os pecadores. E nesse dia Ele virá para nos libertar e vos destruir!».
Esbocei um sorriso. Para além de fracos, estes humanos são também cegos. Rezem antes ao vosso Deus para que nunca encontremos a passagem para a Terra. Será o dia em que conhecerão o verdadeiro Inferno

Ritual Macabro


Já era noite quando quatro amigos chegaram a uma cabine nas montanhas geladas de Montana nos Estados Unidos que alugaram para passar o fim de semana. A neve cobria a casa e os pinheiros em volta e o vento gelado cortava seus rostos com força. Eles olharam para o céu e viram a lua cheia de trás de uma camada grossa e vermelha de nevoeiro. Sorriram uns para os outros, a noite estava mais que perfeita para seus planos.
Eles entraram na cabine, olharam todos os cômodos para confirmar que não havia ninguém. Dois deles foram para fora trazer a bagagem e os outros dois ficaram na sala. Eles foram arrastando os moveis formando um círculo. Quando tudo estava limpo, trouxeram a mesa de jantar para o meio.
Nesse momento os dois que foram para fora entraram na sala carregando um corpo de mulher. Ela estava amarrada e amordaçada. A colocaram em cima da mesa e amarraram seus braços. A mulher chorava e se debatia. Não sabia o que iria acontecer e o que aqueles homens queriam com ela.
Rapidamente eles começaram a espalhar velas pretas, vermelhas e brancas por toda casa. Quando terminaram vieram ao redor da mesa. Um deles colocou uma cruz virada para baixo em seu ventre. Cada um deles tirou um punhal de seus bolsos e fizeram um corte profundo em cada membro da mulher que gritava e se contorcia. O sangue que saia dela era colocado em pequenos vasos de metal. Depois de um tempo eles molharam suas mãos no sangue e esfregaram no rosto deixando a pele vermelha.
Eles deram a mãos formando um circulo em volta da mulher e começaram a repetir as palavras do ritual. Passados alguns minutos a mulher começou a se contorcer mais forte e a gritar com uma voz que não era a sua. Os quatro gritavam o encanto cada vez mais alto até que as velas se apagaram. A cabine ficou completamente escura. Eles se espalharam pela sala tentando acender as velas. Não foi preciso procurar muito porque elas se acenderam por si.
Eles se assustaram ao ver que a mulher não mais estava amarrada na mesa. Ela estava de pé, seus olhos estavam brancos e sua pele pálida como a de um morto. O ritual para invocar o demônio tinha funcionado.
“Vocês chamaram, eu estou aqui. O que querem?” – disse a mulher com uma voz grossa e rouca.
“Queremos te servir, em troca de alguns favores é claro.” – respondeu um deles.
A mulher soltou uma gargalhada que fez as paredes da casa tremer. Os quatro também tremiam de medo e terror e então eles se ajoelharam.
“Idiotas vocês, acham que podem exigir favores meus? Vou levar vocês para falar direto com o diabo.” - disse ela pulando em cima de um deles.
Ela enforcou o primeiro até a morte, os outros três desesperados tentaram fugir, mas não puderam abrir as portas nem janelas, a casa estava lacrada.
“Agora experimentem um pouco do que vão sofrer no inferno, sua nova casa.”
Dizendo isso ela soltou um grito ensurdecedor, os três que ainda estavam vivos caíram no chão tentando tapar os ouvidos, mas era em vão, pois o grito estava dentro de suas cabeças. A mulher andou em direção a porta, cada passo que dava deixava uma marca de fogo no chão. Ela saiu da casa e fechou a porta, olhou para dentro por uma das janelas e balbuciando algo fez o fogo das velas e de suas pegadas se espalharem.
Ela se afastou da cabine que em minutos estava toda em chamas. Observando os homens dentro batendo no vidro jogando cadeiras tentando quebrar o vidro enquanto seus corpos queimavam pouco a pouco ela se contorcia dando gargalhadas.
Horas depois a polícia e os bombeiros encontraram o corpo da mulher deitada na neve e a casa ainda em chamas. A mulher sobreviveu, mas foi incapaz de dizer como foi parar naquele lugar. Nenhum corpo foi encontrado dentro da casa.

A Bruxa do Monte de Ascellon

Ninguém haveria de crer nesta narração que se compôs no dia das cinzas do ano de 1833. As almas costumam me contar suas próprias histórias, mas desta vez contam da mais temida e abominável criatura do gênero feminino que residiu em Ascellon, uma cidadezinha com aspecto semelhante a cidade de Assis na Itália. Essa de onde provem, enganado pelo próprio ideal o santo homem Francisco, não poderia, no mais distante e profundo imaginário ser comparada a Ascellon, cidade de gênese pagã. Nascida entre os milhares de descendentes da estirpe dos nórdicos, povo dominador e empreendedor das mais fantásticas façanhas do norte europeu, a jovem Nivictra, tinha a coragem de um viking. Seus cabelos rebeldes, esvoaçantes e anelados, lembravam o outono despendindo-se de suas folhas ao vento. Ela, em sua tez ferruginosa, uma ruivinha que gostava de meter sustos na garotada do parque Wilkerson, muitas vezes, causava assombro pelo destemor e por sua incontrolável ousadia. Fez seu primo Harlen ficar dependurado nas grades do colégio até o findar do turno escolar, sem que soubessem todos como conseguira o feito. O pobre destacava-se diane dos outros por ser dotado de medidas tão exageradas ao ponto de se confundir aos olhos de outrem com um adulto.
Os olhos da pequena lembravam os galhos das árvores secas no inverno, em sua pequenez parecia ouvir o vento como um código de tempestuosidade. Era, para ela, este um mensageiro revelador. Pedia silêncio a quem quer que estivesse ao seu lado, sem pudores, ética, educação, quando sentia afrescalhar-lhe a pele uma brisa que a contornasse. Isso constrangia a todos. Juravam sentir mergulhados naquele momento de magia, nada benfazeja, cercados de vertigens, arrepios e náuseas. Mais susto causava, entretanto, por se acreditar possuir junto aos elementos da natureza (o vento, a brisa, o fogo, a água etc.) forças naturais e sobrenaturais. Era concebida pelos populares como uma louca, uma demente.
De pele pigmentada, a ruivinha movia com interessante bailado as mãozinhas, buscando sentir algo que estivesse ao alcance de sua imaginação fértil. Nivi tinha cheiro de extratos fármacos e florais quando adentrava a sala de aula, algo que agradava a alguns e causava estranhamento a outros. Espertos, Paul Andersen e Peter Mc. Miller, dois colegas de classe, seguiram-na após um desses dias frios de inverno em que nada se têm a fazer em Ascellon e se deram, assim, conta do extraordinário mundo no qual a garota mergulhara. Dentro de vários tubos de vidro, garrafas e outros utensílios rústicos uma coleção de animaizinhos mergulhados, além de outros empalhados ao que tudo indicava. O formol e as soluções conservantes deixavam seu cheiro por toda a parte...Forte o cheiro, forte o olhar, quando, para a surpresa dos infantes, chocaram-se com os olhos da pequena Victa. Sentiram-se marcados por um selo à testa... Estavam sentenciados por ela a uma ameaça que se transmitiu somente ao olhar. Um segredo que cresceria enraizado àquele momento em suas almas adolescentes, sufocando o interior como se à janela dos olhos e da boca, quisesse uma gigantesca árvore escapar e de toda aquela escuridão se esquecer.
Um espectro sombrio e nebuloso os vigiava em sonhos...
"Ninguém, ninguém poderá vir a saber quem é Nivictra!"
O pesadelo e a mensagem que perpassavam aos dois, coincidentemente, nas mesmas noites, e, provavelmente, às mesmas horas da matina, faziam-nos acordar suados e febris... Temiam sequer pensar no episódio consequente daquele encontro, o qual falarei nas próximas linhas desse discurso.

6 de jan. de 2010 Histórias Macabras que mamãe nunca contou... (ou não teve coragem)

Não existe nada melhor que ouvir uma história de contos de fadas antes de dormir, né??? Eu adoraria ouvir uma historinha destas aqui... reais, daquelas que a gente conta numa noite fria e escura e de preferencia numa casa onde morreu gente. Aqui uma
coletanea das 'melhores' ou piores estorinhas quase reais onde o final não é sempre 'e todos viveram felizes para sempre'.


1 - Cinderela
No conto de fadas moderno temos a linda Cinderela apaixonada pelo príncipe e as irmãs más casando com dois senhores - com todo mundo feliz para sempre. O conto de fadas tem suas origens no por volta do Século I A.C, quando a heroína de Strabo se chamava Rhodopis, e não Cinderela. A história era muito semelhante à moderna, com a exceção do sapatos de vidro e da carruagem de abóbora.


Mas, por trás da história bonita há uma variante mais sinistra do que a dos Irmãos Grimm: nesta versão, as desagradável irmãs más cortam partes de seus próprios pés, para servir nos sapatos de cristal - esperando enganar o príncipe. O príncipe é alertado para o tramóia por dois pombos que bicam os olhos da irmãs . Elas acabam passando o resto de suas vidas como pedintes cegas enquanto Cinderela vive no luxuoso palácio do príncipe.



2 - A Garota Sem Mãos
Francamente, a versão revista deste conto de fadas não é muito melhor que o original, mas há diferenças suficientes para incluí-lo aqui.

Na nova versão, a um pobre homem é oferecido muita riqueza pelo diabo se ele lhe der o que está atrás de seu moinho… O pobre homem pensa que é uma macieira e concorda - mas é a sua própria filha. O diabo tenta levar a filha, mas não pode porque ela é pura. Então ele exige levar o pai, a menos que a filha permita que o seu pai corte as suas mãos. Ela concorda e o pai corta as mãos dela.

Isso não é particularmente simpático, mas é um pouco pior em algumas das variantes anteriores em que a menina corta as suas próprias mãos para ficar feia para o irmão que está tentando estuprá-la . Em outra variante, o pai corta fora a mão da filha, porque ela se recusa a fazer sexo com ele.



3 - João e Maria
A versão conhecida de Hansel e Gretel, fala de duas criancinhas que ficam perdidas na floresta, até encontrar seu caminho para uma casa de gengibre e doces que pertence a uma bruxa. As crianças acabam escravizados por um tempo em que a bruxa as prepara para comer. Eles encontram a saídas, atiram a bruxa no fogo e fogem.

Na versão francesa anterior deste conto (Chamado The Lost Children - As Crianças Perdidas), em vez de uma bruxa, temos um demônio. Agora o demônio é enganado pelas crianças (da mesma forma que Hansel e Gretel), mas resolve isso e põe um chicote para fazer uma criança sangrar (isto não é um erro - ele realmente faz isso). As crianças fingem não saber como chegar ao chicote portanto a mulher do demônio demonstra. Enquanto ela está deitada, as crianças cortam a sua garganta e escapam.



4 - Cachinhos de Ouro e os Três Ursos
Neste conto, ouvimos falar da linda Cachinho de Ouro que encontra a casa dos 3 ursos. Ela entra e come a sua comida, se senta nas sua cadeira e, finalmente, dorme na cama do urso  menor Quando os ursos voltam para casa eles encontram-na a dormir - ela acorda e escapa para fora pela janela aterrorizada.

Na versão original (1837), tem duas variações possíveis. Na primeira, os ursos encontram Cachinhos de Ouro e comem-na. Na segunda, Cachinhos de ouro é na realidade uma velha bruxa que salta para fora de uma janela quando os ursos a acordam .

A história acaba por dizendo que ela ou quebrou o pescoço ou foi presa por vagabundagem e mandada para a “Casa de Correção”.



5 - Rumpelstiltskin
Este conto é um pouco diferente dos outros, porque foi modificado pelo autor o original para torná-lo mais macabro.

Na versão original do conto, Rumpelstiltskin transforma palha em ouro para uma jovem que enfrenta a morte a não ser que ela consiga fazer isso. Em troca, ele pede-a seu primeiro filho. Ela concorda - mas quando chega o dia para entregar a criança, ela não consegue. Rumpelstiltskin diz a ela que ele vai deixá-la fora do negócio, se ela adivinhar o seu nome .

Ela ouve-o cantar o seu nome perto do fogo e por isso ela adivinha-o corretamente. Rumpelstiltskin, furioso, corre longe, para nunca mais ser visto.

Mas, na versão atualizada, as coisas são um pouco maia confusas. Rumpelstiltskin fica tão irritado que ele bate o seu pé direito no solo. Ele então pega a sua perna esquerda e rasga-se no meio, o que o mata.



6 - A bela adormecida

Na versão original, a encantadora princesa é adormecida quando pica o dedo numa agulha .Ela dorme por cem anos, até um um príncipe finalmente chegar, beija-la e desperta-la .

Eles apaixonam-se, casam e vivem felizes para sempre. Mas, infelizmente, o conto original não é tão doce (na verdade, você tem que ler isso para acreditar.)
No original, a jovem é colocada para dormir por causa de uma profecia, ao invés de uma maldição.

E não é o beijo de um príncipe que acorda: o rei ao vê-la dormindo, e gostando do que vê , estupra-a . Após nove meses ela dá à luz a duas crianças (enquanto ela ainda está dormindo). Uma das crianças chupa o dedo, que remove o pedaço de linho que estava a mantê-la dormindo. Ela acorda estuprada e mãe de dois filhos.



7 - Branca de Neve
No conto da Branca de Neve com o qual todos conhecemos, a Rainha pede a um caçador para matá-la e trazer de volta o seu coração como prova. Em vez disso, o caçador não pode mata-la e retorna com o coração de um javali. Agora, felizmente a Disney não fez muito dano a este conto, mas eles deixaram de fora um importante elemento original.

No conto original, a Rainha realmente pede o fígado de Branca de Neve e os pulmões, que vão ser servido ao jantar naquela noite! Também na versão original, Branca de Neve acorda quando ela é empurrada pelo cavalo do príncipe quando ele a carrega para o seu castelo - não por um beijo mágico.

O que o príncipe queria fazer com uma moça morta eu deixo para a sua imaginação. Oh - na versão Grimm, o conto termina com a rainha sendo forçada a dançar até a morte em sapatos em brasa!



8 - A pequena Sereia
A versão 1989 da Pequena Sereia poderia ser melhor conhecido como “A grande mentira!” Na versão Disney, o filme termina com Ariel sendo transformada em um ser humano, para que ela possa casar com Eric.

Eles casam num um casamento maravilhoso com a participação de seres humanos e marinhos.
Mas, na primeira versão por Hans Christian Andersen, a sereia vê o Príncipe casar com uma princesa e ela se desespera. É-lhe oferecida uma faca com a qual a pode esfaquear o príncipe, mas em vez de o fazer ela saltou para o mar e morre, transformando-se em espuma.

Hans Christian Andersen modificado ligeiramente o final para o tornar mais agradável. Em seu novo final, em vez de morrer, quando se transforma em espuma , ela transforma-se numa “filha do ar” à espera de ir para o céu - por isso, francamente, ela ainda está morta, para todos os efeitos.



9 - Chapeuzinho Vermelho
A versão deste conto com que a maioria de nós está familiarizados acaba com Chapeuzinho vermelho a ser salva pelo lenhador que mata o lobo mau. Mas, na verdade, a versão original em francês (por Charles Perrault) no conto não foi tão simpática.

Nesta versão, a menina é uma mocinha bem educada que recebe falsas instruções pelo lobo quando ela pergunta o caminho para sua avós. A Chapeuzinho Vermelho segue os conselhos do lobo acaba sendo devorada.

E aqui acaba a história. Não há lenhador - não há avó - só um lobo gordo e uma Chapeuzinho Vermelho morta. A moral desta história é não seguir conselhos de estranhos.



10 - O Gaiteiro de Hamelin
No Conto do Gaitero, nos temos uma cidade infestada por ratos .Um homem chega vestido com roupas de gaiteiro e se oferece para livrar a cidade dos bichos. Os aldeões concordam em pagar uma grande soma de dinheiro se o flautista puder fazer isso - e ele faz.

Ele toca música em sua gaita, o que atrai todos os ratos para fora da cidade. Quando ele retorna para o pagamento os aldeões não pagam o combinado, então o gaiteiro leva todas as crianças da cidade também.

Nas suas mais modernas variantes, o flautista atrai as crianças a uma gruta fora da cidade e quando os aldeões finalmente concordam em pagar, ele manda-as de volta.

No original mais sinistro, o flautista leva as crianças a um rio onde todos eles se afogam (exceto um rapaz que coxo não podia acompanha-los). Alguns modernos estudiosos dizem que há conotações de pedofilia nesse conto de fadas.

5 de jan. de 2010 O LOBISOMEM DE ST. BONNET



Um dos mais famosos lobisomens foi o francês Gilles Garnier, que viveu no século XVI, e cujas vítimas eram principalmente crianças.
Suas vítimas eram encontradas com as mesmas características. Corpos mutilados ou dilacerados, e partes do corpo comidas!
Finalmente as autoridades resolveram tomar providências, e em 15 de setembro de 1573, foi o assinado um decreto. A caça ao lobo assassino foi instituída, mas ele não seria capturado logo!
O Homem-Lobo de ST. Bonnet ai fez mais vítimas!
Somente dois meses depois se conseguiu chegar perto do lobisomem quando aldeões escutaram gritos de uma criança seguidos pelos uivos de um lobo! Eles viram um homem fugindo, e ele foi reconhecido como Garnier!
Quando outro menino desapareceu, organizou-se uma expedição à casa de Garnier!
Gilles foi pego em flagrante, quando devorava mais uma vítima!
Garnier foi preso, juntamente com sua mulher, e confessou os crimes e disse que a esposa o ajudava a comer as vítimas.
Finalmente, Gilles foi queimado vivo! Mas não seria o primeiro nem o último lobisomem da França! Muito terror ainda viria nos séculos subseqüentes.

O ESPÍRITO DA POETISA MAL-AMADA



 
Nos anos 80 , numa cidade do Sul do país , morava Michele .
Esta moça tinha 30 anos , era virgem , amava escrever poesias , mas tinha um problema : era muito feia .
Michele era vesga , usava óculos , tinha nariz de papagaio e muitas sardas na cara .
Esta mulher era apaixonada por Shelder , o filho de um grande industrial . Porém , ela , contou este seu segredo à sua amiga , Sílvia , que era a moça mais desinibida e namoradeira da cidade .
Esta desinibida passou a cobiçar Shelder , só para executar o que ela costumava a fazer com os outros homens : usar , abusar e jogar fora . Porém , esta moça também teve uma idéia diabólica : fazer com que Michele escrevesse poesias de amor para o rapaz , para depois , mentir que as declarações de amor eram de sua autoria .
Assim , Sílvia convenceu Michele a escrever cartas anônimas para Shelder .
Depois de dez cartas , Sílvia ligou para a casa do moço e disse , com sua voz sensual :
- Alô , quem fala ?
Então , Shelder respondeu :
- É o Shelder !
Assim , a moça falou :
- Adivinha quem fala ? !
- Aqui é a deusa das cartas de amor e eu quero marcar um encontro com você !
Deste jeito , o moço falou :
- É verdade ?!
- Eu topo o encontro !
Desta maneira , Sílvia falou :
- Então me encontre no bar do Alemão , no Largo da Ordem , hoje as nove da noite .
- Eu serei a loira com um vestido preto decotado .
Assim , os dois se encontraram e Shelder se apaixonou por Sílvia .
Até que um dia os dois marcaram a data do casamento .
Michele que até então não sabia de nada , recebeu a visita de Sílvia alguns dias antes da data do casamento . Ao chegar na casa da amiga feia , Sílvia falou :
- Boa – tarde !
- Adivinhe com quem vou casar ?
Então , Michele perguntou :
- Com quem ?
Assim , a bonita disse :
- Com o Shelder , sua idiota !
Desta maneira , a horrorosa , exclamou :
- O que ?
Deste jeito , Sílvia disse :
- Você pensou que conquistaria um homem bonito e rico com a sua aparência ?
- Nem parece que você tem espelho em casa !
- E as cartas de amor , que você escreveu me ajudaram a conquistar o príncipe !!
- Sua idiota !
Após falar isto , Sílvia saiu da casa de Michele , dando mil gargalhadas .
A moça feia ficou deprimida , tomou veneno de ratos e morreu .
Uma semana depois , Shelder perguntou à Sílvia :
- Você se lembra daquelas cartas de amor , que me escrevia ?
Assim , Sílvia falou :
- Sim .
- O que é que têm elas ?
Então , o rapaz respondeu :
- Eu gostaria de receber uma carta de amor dessas , novamente .
Desta maneira , Sílvia pensou sozinha :
- Agora , como irei fazer as cartas , se aquela idiota morreu ?
Deste jeito , Sílvia se calou e mudou de assunto .
Naquela mesma noite , Shelder teve um sonho estranho :
Ele estava caminhando numa floresta , quando viu uma mulher vestida de branco no seu caminho , que disse :
- Bom – dia , Shelder !
- Você quer uma carta de amor ? !
- Eu já escrevi várias para você !
Assim , o rapaz indagou :
- Como assim ?
- Você não é a Sílvia !
Então , a moça falou :
- Realmente , eu não sou a Sílvia .
- Eu me chamo Michele .
- Você nunca me conheceu , mas eu sempre tive um amor profundo pela sua pessoa .
- E eu tenho uma surpresa para você :
- Na terceira gaveta da sua escrivaninha você encontrará uma nova carta de amor .
Ao falar isto , esta dama desapareceu e Shelder acordou . Desta maneira , o rapaz saiu correndo em direção a sua escrivaninha e encontrou uma carta de amor , que nunca tinha recebido . Esta carta tinha um cheiro de jasmim e estava com a assinatura de Michele Bernarski .
O rapaz achou tudo estranho e não comentou nada com a sua noiva .
Na noite seguinte , este moço teve um outro sonho :
Ele estava à beira mar , quando uma mulher de branco correu em sua direção e disse :
- Boa – tarde !
- Lembra de mim ?
Desta maneira , ele exclamou :
- Michele !
Assim , a moça falou :
- Daqui do além , escrevi outra carta de amor para você .
- Mas , eu quero que você faça uma coisa :
- Eu quero que você repare na minha letra e na letra das cartas de amor da sua noiva . Pois , você verá que existem muitas semelhanças entre elas .
Então , Shelder acordou e encontrou outra nova carta de amor na terceira gaveta de sua escrivaninha . Então , ele comparou a letra da nova carta com a letra das cartas antigas de sua noiva .
No dia seguinte , ele se encontrou com Sílvia e perguntou :
- Sílvia , aquelas cartas de amor que você me escrevia eram de sua própria autoria ?
Desta maneira , Sílvia mentiu :
- Sim .
Porém , na mesma noite , Shelder , teve outro sonho :
Ele sonhou que estava caminhando no jardim e que de repente , apareceu Michele na sua frente , que disse :
- Bom – dia !
Mas , o rapaz respondeu :
- Me deixe em paz , espírito das trevas !
- Você quer acabar com o meu amor por Sílvia . Porém , você nunca conseguirá !
Deste jeito , Michele comentou :
- Você não pode me tratar deste jeito .
- Afinal , brevemente , estaremos juntos .
Após a moça falar isto , Shelder acordou e decidiu rasgar todas as cartas que foram assinadas por ela .
Finalmente , chegou o dia do seu casamento .
Sílvia , entrou toda sorridente na igreja .
Porém , na hora de dizer o sim , o noivo desmaiou e faleceu .
Ao chegar no paraíso , ele viu Michele e perguntou :
- O que aconteceu ?
- Eu estava no meu casamento , mas de repente tudo ficou escuro ...
Assim , Michele explicou :
- Seu destino não era amar Sílvia na Terra , porém me amar aqui no paraíso .
Então , Michele tomou coragem e deu seu primeiro beijo em um homem , porque o que Deus uniu , nem uma rival desinibida é capaz de separar .

A Mulher da Estrada




Essa também é muito conhecida, seu surgimento ocorreu em meados dos anos 50/60 devido ao grande crescimento de rodovias que se deu nesses anos. Na maioria das vezes, a lenda fala de uma mulher loira (que pode ser trocada por uma índia ou prostituta) que fica na beira da estrada pedindo carona para os motoristas que passam, quando um resolve parar (muitas vezes caminhoneiros) ela conduz a pessoa até um cemitério próximo, chegando lá a bela mulher desaparece deixando o motorista sem entender nada, logo depois ele a reconhece na foto de uma das lápides. Em outras versões ela simplesmente desaparece dentro do próprio veículo, depois o motorista descobre pelos moradores das redondezas que a moça havia sido atropelada há muitos anos naquela mesma estrada.  Algumas vezes, antes de desaparecer, o espírito da mulher pede ao motorista que ele construa uma capela no lugar onde ele a encontrou para que assim ela possa finalmente descansar em paz. Há ainda versões em que ela se deita com o motorista que quando acorda no dia seguinte descobre que ela simplesmente desapareceu sem deixar vestígios de sua existência. Uma versão mais sangrenta diz que a loira, antes de desaparecer, seduz o motorista que quando tenta beijá-la, acaba perdendo a língua.
Outras versões dessa lenda se passam em cidades grandes e são protagonizadas por motoristas de táxi, nelas o taxista recebe uma passageira muito bela e jovem, ela pede uma corrida até um cemitério qualquer da região, chegando lá ela dá ao motorista o endereço de sua casa e diz que lá ele irá receber seu pagamento, no dia seguinte, quando o motorista vai receber o dinheiro, o pai da menina lhe diz que é impossível sua filha ter feito essa corrida, afinal, ela havia morrido há muitos anos. O taxista, sem entender nada, fica ainda mais confuso ao reconhecer numa foto a menina que ele conduziu no dia anterior.